Do Front enviado pelo colaborador Marco André

 

Parafraseando a Glória Pires “Gostei” (Hahahahahaah…), foi melhor do que eu esperava, mas não foi perfeito. No início, por ser um reboot,  causa um pouco de estranheza principalmente por não estar amarrado com nada do que foi feito antes desconsiderando quase que por completamente, todos os 3 primeiros filmes dos X-men, e os de Wolverine, fazendo ligação apenas com a linha começada a partir do Primeira Classe. Essa nova trilogia, que começou  com o Primeira Classe seguido de Dias de um Futuro Esquecido vem criando um novo universo para os heróis mutantes sem ficar preso à cronologia dos quadrinhos, desenhos animados, nem sequer a própria cronologia dos filmes nos cinemas (hahahahahaahhaha…)

X-Men: Apocalipse não é baseada no arco de histórias da Era do Apocalipse, uma das grandes sagas dos mutantes nas páginas das HQs, está mais semelhante a o arco Ascensão da série animada X-Men: Evolution.  Mas este fato, já era algo que sabíamos, pois o diretor, Bryan Singer, já havia dito que por mais que o filme se chamasse X-men: Apocalipse, ele não seria baseado na saga das HQs.

Esta semelhança se dá muito também, até pela escolha dos “4 cavaleiros”, pois na animação,: Tempestade e Magneto fazem parte dos cavaleiros junto com Mística, time que  no filme é completado por Psyloque e Anjo (Arcanjo), que este sim, faz ligação com um dos cavaleiros das HQs e do desenho animado dos anos 90.

Mas, esta é a única semelhança com o arco das HQs ou das animações. Porém, era óbvio que, para se ter em um filme, o vilão Apocalipse, teríamos que ter os seus seguidores, os “4 cavaleiros“, e dai por diante, é toda uma nova sequencia de fatos e de história.

O Apocalipse:

Pois é, o personagem causou muito reboliço nas redes , desde que foi mostrada a sua 1º imagem oficial, onde ele estava com uma cor que lembrava muito o vilão do filme Power Rangers: O Filme (Mighty Morphin Power Rangers: The Movie), Ivan Ooze, mas, parece que a produção e o diretor ouviu a voz dos fãs e ajustou a palheta de cores e o personagem voltou a ter sua cor de pele característica no longa, mas, ainda assim, bem longe do visual realmente ameaçador do vilão nas HQs.

Os poderes de Apocalipse tem uma explicação e evolução bem interessante dando mais contexto ao porque ele é tão poderoso, e seus dons ajudam a arrebatar os mutantes a lutarem pela sua causa, mas ainda assim, fica longe de ser como os fãs conhecem e esperam do personagem.

A nova equipe do Professo Xavier:

Neste filme, na verdade, serve para trazer ao público, além de um claro reboot da franquia, agora, quebrando de vez os laços com os filmes da trilogia clássica, apresentar o novo time de X-men que veremos futuramente nas telonas, O time apresentado, funcionou bem, e gostei bastante dos personagens.

Esta mudança se vê forte no personagem que é um dos mais esquecidos na trilogia original e até nas HQs, o Ciclope. o Novo Ciclope, a pesar de ser adolescente, como aliais, todos os personagens da nova equipe praticamente são, com exceção de alguns que seguem desde X-men: Primeira Classe, fez mais em um filme, do que o antigo Ciclope de James Marsden fez em 3, e se mostrar efetivamente como um futuro líder para o time.

Jean Gray é outro destaque, ela é mais centrada e mostra bem mais seus poderes e a personificação da personagem como vimos tantas vezes nas páginas das HQs. A personagem que nesta versão mais jovem da nova equipe de mutantes nos cinemas, é interpretada pela atriz  Sophie Turner, e que mostra que veio contribuir e cumpriu seu papel na franquia.

E como não falar novamente de Mercúrio, que aliais, tem novamente uma das melhores cenas do filme, assim como em X-men: Dias de um Futuro Esquecido, e ele tem uma motivação bem válida para reaparecer e se juntar aos X-men. Nesta história e linha temporal, o mutante tem o laço com Magneto, assim como no cânone das HQs e animações, ele é filho de Magneto, como o trailer mesmo já fez questão de mostrar. e o personagem vivido por Evan Peters é responsável por excelentes cenas no filme e é um dos pontos altos  do longa.

E falando em parentesco e aparições, vamos agora os velhos personagens apresentados no Primeira Classe e que estão levando a franquia adiante, Prof. Xavier, Magneto, Mística e Fera.

Prof. Xavier de James McAvoy continua da mesma forma, seguindo sua linha e se mantendo completamente o mesmo o em todos os filmes. Isto não é de todo ruim, pois nas HQs, ele é bem discreto e interfere somente o necessário nas histórias dos mutantes, porém, ainda não vimos o completo poder do dito maior telepata da terra, ainda ser representado como ele merece nos cinemas.

Magneto de Michael Fashbender, é de longe o melhor personagem da saga e da nova trilogia, e ainda mais, é o melhor Magneto dos cinemas, ele tem seu arco e suas motivações bem elaboradas e estruturadas, mostrando a todos os reais motivos de ele estar no caminho que esta. E em X-men: Apocalipse, isso fica bem evidente e muito forte pela escolha do personagem em seu alinhamento na trama, coisa que aliais, acaba roubando o filme, e até meio que apagando um pouco o propósito e a imagem do vilão Apocalipse na história.

Um dos pontos que podem causar ainda, mesmo que seja uma excelente personagem e nas mãos de uma excelente atriz, controvérsia e por vezes descontentamento pelos fãs, é Mística, interpretada pela excelente Jennifer Lawrence. Ninguém contesta o peso que a atriz trouxe para a personagem, porém, por muitas vezes, assim como fica evidente neste filme, a imagem da atriz acaba atrapalhando a personagem em cena, pois em sua maior parte de tempo em cena, Mística tem o rosto e visual de Jennifer, ao invés de ser a personagem azul de cabelos vermelhos como a conhecemos. Isto eu acho que é um dos pontos fracos do filme além, do fato de termos Mística como líder dos X-men, coisa que JAMAIS aconteceu em momento algum na história dos Mutantes, mais um ponto que a imagem da atriz pesou em relação a verdadeira personagem.

O Fera, assim como nos filmes anteriores, desde X-men: Primeira Classe, vivido pelo ator Nicholas Hoult, novamente tem sua atuação e participação no filme, de forma, discreta e bem pontual, porém, o seu visual parece que foi mais bem trabalhado, deixando o personagem bem mais próximo ao Fera que conhecemos das HQs, mas ainda assim, sem uma participação maior no desenrolar da história, está lá pra cumprir a cota de mutantes e participações de personagens conhecidos.

A cena de Wolverine:

Desde que surgiu a confirmação pelo trailer da participação de Wolverine no novo filme, que os fãs entraram em frenesi para saber como seria a participação do carcajú em X-men- Apocalipse. A cena é legal de ser vista e funciona, sim ela é excelente e funciona para o personagem, mas ela não é necessária para o filme ou ajuda no desenrolar da história, ela só serve , assim como o novo filme, para quebrar com os filmes anteriores de Wolverine e com a trilogia clássica, mostrando que o personagem também esta sofrendo ali um reboot. A cena mostrada é excelente e estabelece ali um Wolverine bem mais fiel as origens dos HQs, em especial, da Arma – X, tendo toda a estética e visual do personagem e da cena em si bem marcante, inspirada no arco do mutante nas páginas da HQ.

X-men: Apocalipse, como falei anteriormente, não foi tão ruim como eu esperava, pois minhas expectativas  estavam muitíssimo baixas quando entrei na sala de cinema, mas, me surpreendi, e o filme foi melhor do que eu esperava,  até me divertiu por vezes em momentos.  Arrisco sem medo em dizer que este, é o mais próximo dos personagens das HQs de todos os filmes, e o melhor filme dos mutantes nos cinemas, mas ainda assim, longe de ser os X-men que queremos e ainda torcemos por ver nas telonas bem representados.

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