Companheiros de Batalha, esse é um Do Front especial! Especial porque fomos assistir ao filme Alien: Covenant na exibição para imprensa.

Gostaríamos de agradecer à Fox pela oportunidade de nos permitir assistir ao filme em primeira mão!

Vou começar essa crítica explicando, para você que não sabe, que Alien: Covenant é a sequência de Prometheus e parte de uma série de outros filmes. Sim, tenho que explicar pois muita gente vai ao cinema sem ter conhecimento desse fato e acabam estranhando um pouco o filme.

Ridley Scott planejou essa série de longas pois havia uma pergunta em aberto: de onde veem os Xenomorfos (a raça alienígena que dá título à série) e como eles foram criados?

Tendo essa questão, Scott planejou uma série de filmes que levará aos fatos acontecidos anteriormente ao filme Alien: O Oitavo Passageiro (Alien, 1979) e mais outros que se passarão após.

Sendo assim, Alien: Covenant é o filme que continua os eventos acontecidos em Prometheus e leva ao próximo filme, sem título definido. Durante uma entrevista ao site Fandango ele deixou escapar: “Teremos Prometheus, Awakening, Covenant… cada qual integral para onde essa nave de colonização está indo”, disse o diretor. Não se sabe se Awakening vai ser o filme que continuará a história de Covenant ou se ele vai se passar entre Prometheus e Covenant. O que se sabe é que estão planejados mais alguns longas da franquia, contando Prometheus e Covenant. Alien: Awakening supostamente completa uma trilogia, que seria seguida de mais três filmes após Covenant. “Se esse for bem sucedido, e então o seguinte, definitivamente teremos mais três”, disse Scott.

Porque expliquei isso tudo? Por que o final do filme (SEM SPOILERS) deixa uma sensação de: acabou? É isso?

Não, não é só isso, tem mais pela frente!

Então vamos conversar de fato sobre o filme.

A nave Covenant (que dá nome ao filme) está em uma missão de colonização a um planeta. Só que um acidente faz com que ela interrompa seu caminho e desperta os passageiros abruptamente. Misteriosamente, durante os reparos na nave, a tripulação recebe um sinal de interferência e decidem investigar de onde vem o sinal. Eles descobrem a origem e colocam em votação sobre continuar a missão até Origae-6, planeta destino inicial da missão, ou dar um pulo para saber se há a possibilidade de colonização desse planeta desconhecido. Aí, você já pode imaginar o resultado.

O filme tem seus altos e baixos. Alternam bastante entre as cenas de filosofia, terror, ação e suspense. Em alguns momentos parece um pouco arrastado e subitamente a ação acontece. Demora um pouco a engrenar a história, mas nada que deixe o filme chato demais. No fim das contas é mais um bom filme da franquia e ele vem pra fazer parte de um longa série que vem pela frente. Talvez com os próximos ele possa se tornar uma peça mais importante da saga. Ele lembra o que foi As Duas Torres para o Senhor dos Anéis, um filme de ligação.

Se vale a pena ir ao cinema assistir? Claro! As cenas de ação e suspense são umas da melhores da franquia. Destaco a cena, que está no trailer, aonde o Alien bate com a cabeça no vidro de uma nave. A cena completa é de tirar o fôlego e fazer você ficar grudado na cadeira.

A tecnologia avançada de computação gráfica trouxe uma nova visão da criatura, que agora se move como nós gostaríamos de ver. A movimentação da criatura ficou mais rápida e fluida, onde ela ganhou uma personalidade mais agressiva. Era o que faltava para franquia, pois agora além do suspense causado pela furtividade dos filmes antigos, por não ter como mostrar a velocidade real do monstro devido a falta da tecnologia, então investiam mais no suspense do alien aparecer ou não, agora temos a ação dele correndo de fato e mostrando suas habilidades acrobáticas e quase ninja (ao assistir, você entenderá do que estou falando).

Até a presença de Danny Mcbride, que me pareceu a princípio estar ali para ser um alívio cômico, dado seu histórico de filmes de comédia e seu jeito debochado de falar, não incomodou. Por incrível que pareça, surpreendeu no papel de Tennessee.

Eu não entendi o que quiseram fazer com a atriz Katherine Waterston (Daniels). Sério, eu não senti carisma nenhum dela. O papel de Ellen Ripley protagonizado por Sigourney Weaver no filme original, Alien: O Oitavo Passageiro, é que não foi. Foi bem fraca a participação da atriz. Acho que sentirei tanta falta dela quanto da arma cenográfica número 07 que foi perdida no planeta recém descoberto.

Quem rouba a cena mesmo é Michael Fassbender. Esse você ama e odeia durante todo o filme. Uma pena que não posso dizer o motivo, mas ele está mais uma vez sensacional na franquia. É nessa parte da história da saga que ele mostra a que veio. Sua relação com Weyland é aprofundada um pouco mais.

Criação, fé, arrogância, transitoriedade de poder e filosofia fazem dessa uma das mais complexas partes da história e mostra os motivos da criação dos Xenomorfos e quem os criou. A busca por Deus, iniciada em Prometheus, ainda está um pouco longe de acabar com esse longa, mas com certeza colocou mais expectativas do que respostas em nossas cabeças.

Enfim, para mim, o filme foi bom. Me divertiu e saí com a vontade de assistir aos próximos. Tem seus problemas? Sim, inicio um tanto arrastado, meio corrido, mas nada que tire o fator diversão no final. Alien: Covenant é uma parte da saga Alien e o que está por vir, espero, que seja tão surpreendente quanto esse.

Então, mais uma vez, não deixe que cítricas positivas ou negativas estrague a sua opinião de ir ou não ao cinema. Vá! Tenha a sua opinião. Essa crítica foi baseada na minha experiência de me levantar do sofá e ir assistir o filme, e que deve ser tida como um “guia”, de uma das muitas opiniões que você lerá. Eu gosto da franquia. O seu vizinho ou o cara que reclama no facebook podem ter tido uma experiência diferente ou nem gostam do gênero. Por isso é importante que você, se estiver a fim de ir, apenas vá!

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