A lenda de Arthur Pendragon, um líder britânico que, de acordo com as histórias medievais e romances de cavalaria, liderou a defesa da Grã-Bretanha contra os invasores saxões no final do século V e no início do século VI. Sua história tem diversas origens e a mais conhecida delas é a versão de Thomas Malory, que escreveu o romance Morte D’Arthur (Le Morte d’Arthur) e que serviu de base para grande partes dos contos que foram lançados posteriormente.

A Lenda da Espada cria mais uma versão para a origem de Arthur (Charlie Hunnam), mostrando um lado mais marginal de uma pessoa que cresceu nas ruas e teve que se virar para sobreviver. Adotado ainda bebê devido a um incidente, o futuro rei de Camelot aprende a roubar, trapacear e lutar devido ao ambiente hostil em que cresce.

Logo de cara somos apresentados ao tom do filme, que gira em torno da magia, misticismo e fantasia, elementos que fazem parte da lenda Arturiana.

O que vem em seguida é uma batalha épica que apresenta um personagem não muito utilizado nos filmes levados à tela dos cinemas e de muita importância para a história.

O longa mostra um Athur relutante com sua condição de futuro líder e uso da espada Excalibur, essa que possui um grande poder e revela fatos ao seu portador com os quais ele não quer lidar.

O vilão Vortigern (Jude Law), em sua sede de poder, faz um pacto com bizarras sereias em troca do aumento de seu poder, só que isso tem um preço e ele está disposto a pagar para se tornar rei.

Alguns dos personagens que fazem parte das clássicas histórias estão presentes, mas com uma certa mudança em suas personalidades e características, outros não aparecem e nem são citados.

As cenas de ação são bem épicas. Destaque para fuga, mostrada no primeiro trailer, pelas ruas de Londínio e sua conclusão.

A rocha, onde a espada está cravada, também ganhou destaque nas mãos de Richie e faz sentido o motivo de somente Arthur poder retirá-la dali.

A maneira de contar as histórias do filme lembrou um pouco Sherlock Holmes. Isso não é de estranhar, pois Guy Ritchie também dirigiu o filme estrelado por Robert Downey Jr. Com diálogos rápidos e cheios de humor o texto fica agradável e dá uma quebrada na parte dramática no momento certo.

Tenho que confessar que achei Arthur um pouco bombado nos poderes. Não sei se essa onda de filmes de super-herói influenciam o mercado e cada personagem de destaque tem que parecer mais forte do que o outro. Mas isso se justifica no final.

A batalha final me fez lembrar o que seria uma boa luta entre He-man e Esqueleto (sim, esses mesmos do desenho) em um filme não direcionado ao público infantil. Não estou depreciando, pois achei excelente, mas não há como não querer que um filme do Eterniano, nesses moldes, seja feito. Enfim, se você assistir, vai saber do que estou falando.

O elenco conta com os reforços de Àstrid Bergès-Frisbey, Djimon Hounsou e Eric Bana.

Com uma boa história, efeitos especiais excelentes, um 3D decente, cenas de ação empolgantes e ótima trilha sonora, A Lenda da Espada é um filme que traz  uma “modernização” de um clássico e se for bem nas bilheterias (as expectativas não estão muito boas para o lançamento) ele deve continuar a história de Arthur e seus cavaleiros.

A atuação do jogador de futebol David Beckham foi motivo de piada na internet. Beckham apareceu brevemente em cena, mas sua “atuação” não foi bem recebida pelos espectadores. “Ele conseguiu o papel da espada ou da rocha?”, brincou uma pessoa no Twitter.

Rei Arthur – A Lenda da Espada estreia 18 de maio de 2017.

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