Todos nós já tínhamos ideia de que este seria o filme mais fora da curva dentre os longas da Marvel e, principalmente, do Deus do Trovão. Este novo filme é onde vemos o Thor, como ele realmente é, e sendo mais Thor das clássicas HQs do que nunca!

Com o tom bem mais aventuresco e descontraído, o novo filme do Deus do Trovão não esquece, e nem desconsidera seus antecessores e acontecimentos do universo Marvel. O longa segue uma linha que mostra outra cara do universo de Thor, que conversa muito bem com Guardiões da Galáxia e Doutor Estranho, unindo o universo cósmico e o místico da Casa das Ideias nos cinemas.

O filme conta com o diretor Taika Waititi no comando da aventura. Como de praxe em seus filmes, ele participa na atuação, dando vida ao gigante de pedra, Korg, que rendem excelentes momentos e piadas no filme. Este 3º longa de Thor ganha a cara que o personagem precisava nos cinemas: um Thor bem mais próximo aos clássicos gibis da Marvel, tanto em termos de personalidade, quanto na ação. Logo nos primeiros minutos de filmes, o Deus do Trovão aparece lutando de uma forma como ainda não havíamos visto nas telonas, mas que sempre sonhávamos em assistir!

Na trama de Thor Ragnarok, na ausência do poderoso Odin, uma ameaça poderosa e antiga se liberta de seu exílio e vem a Asgard para reclamar seu lugar de direito. A vilã Hela, a Deusa da Morte, belamente vivida e interpretada Cate Blanchett, chega trazendo destruição e caos à Asgard e pondo em risco os Nove Reinos. Com essa nova ameaça, Thor parte em uma jornada para deter Hela e evitar o Ragnarok, que seria o apocalipse na mitologia nórdica.

Apesar de Hela ter tido uma ligeira mudança em sua origem no novo filme em relação às HQs, esta mudança não interfere em nada. Até mesmo para a cronologia e desenvolvimento dos demais personagens e para a linha narrativa do universo cinematográfico, faz todo sentido e funciona muito bem.

Mas, algo que fica evidente em Thor Ragnarok é a inspiração clara das páginas ilustradas por Jack Kirby, das aventuras de Thor nos quadrinhos. Taika se permite usar e abusar das artes criadas por esta lenda dos quadrinhos, e transportá-las para as telonas, nos proporcionando um visual que, mesmo parecendo exagerado, enche os olhos e aquece os corações dos saudosistas fãs do desenhista.

As referencias aos clássicos quadrinhos do Deus do Trovão estão por todo o filme. Inclusive uma excelente homenagem novamente à Kirby, assim como a Walt Simonson, roteirista e desenhista também de inúmeras aventuras do herói, com a transformação clássica de Thor – que vale, e muito, a menção desta cena!

Outro destaque do filme fica por conta do Grão-Mestre vivido por Jeff Goldblum, que arrebenta no papel, nos entregando um personagem carismático e cheio de trejeitos e excentricidades, que tornam seus momentos em tela ímpares e que, se juntando aos demais personagens, faz valer muito o ingresso!

Assim como o tom aventuresco e os carismáticos personagens, tanto o time principal de atores como os coadjuvantes de Thor Ragnarok são de luxo e peso. O ponto fraco fica novamente pelo potencial desperdiçado do vilão. Hela é imponente, psicótica, com rompantes de pura maldade e descontrole. Ela possui um poder enorme que pode por todos os Nove Reinos em completo caos e escuridão. No filme, porém, esse poder fica amenizado no clímax do filme, que na crescente ameaça escalada no decorrer do longa, acaba não explodindo em uma cena realmente grandiosa e dramática como se esperava.

Como sempre de costume, nos longas da Marvel, as cenas pós-créditos já são sempre ansiosamente aguardadas pelos fãs, sempre em busca de ver pistas e indícios de, para onde nos levarão os próximos filmes. Em Thor Ragnarok não é diferente, e o novo longa do Deus do Trovão tem 2 cenas, uma logo em meio os créditos iniciais e a 2º ao final de todos os créditos. A 1º faz referencia ao que vem pela frente no universo Marvel como um todo, já a 2º é como temos vistos nos últimos filmes, mais divertida e descontraída, e esta, faz menção direta ao universo apresentado em Thor Ragnarok.

Em Thor Ragnarok, podemos ver que toda a equipe de atores e o diretor tiveram uma grande liberdade criativa para ousar. Mesmo se mantendo ainda na fórmula Marvel dos filmes”, a liberdade criativa foi muito bem aproveitada, o que se refletiu em trabalhos primorosos dos atores em seus papéis e na produção, retratando este universo com o traço característico e inigualável do mestre Jack Kirby. Além das sutilezas de exageros bem colocados nos visuais e cores, nos proporcionando um dos melhores filmes da Marvel nos cinemas, ao lado de Guardiões da Galáxia. Thor Ragnarok nos leva a uma aventura divertida e bem humorada, sem deixar de ter seu peso e participação na história contada e demarcar seu lugar no universo cinematográfico da Marvel.

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