A Microsoft tem sofrido para manter o Xbox One atrativo. Nos últimos anos, o console da Microsoft tem perdido a concorrência para o PlayStation 4 da Sony. Muitos são os motivos, mas o principal deles é a falta de jogos exclusivos para o Xbox One. A Microsoft tenta de todas as formas recuperar o tempo perdido.

Recentemente, a Microsoft promoveu o chefe do Xbox, Phil Spencer, a Vice-Presidente Executivo de Jogos. Com isso, espera-se que ele resolva o problema imediato do Xbox: a falta de grandes jogos exclusivos.

A Microsoft se recusa a confirmar os números de vendas de seus consoles. Segundo analistas, as estimativas de venda do Xbox One gira em torno de 35 milhões de unidades vendidas contra 73 milhões do PlayStation 4. Já o Nintendo Switch, com 11 meses no mercado, já vendeu 15 milhões de consoles.

Quais jogos exclusivos virão em 2018?

O dobro de vendas em relação ao PlayStation 4 reflete a quantidade de jogos exclusivos de cada console. Em 2018, a Sony vai trazer: The Last of Us 2, Spider-Man, God of War, Dreams e Detroit: Become Human, como os principais jogos exclusivos. Fora os acordos exclusivos com jogos de outras produtoras, como Destiny 2, Call of Duty: WWII e Star War: Battlefront 2. Para este ano, os principais jogos exclusivos são: Sea of Thieves, State of Decay 2 e Crackdown 3. Comparativamente, os exclusivos do PlayStation têm muito mais nome do que os do Xbox One. E para piorar a situação, 2 grandes jogos exclusivos para Xbox One – que eram muito aguardados – foram cancelados, frustrando os fãs: Scalebound (da PlatinumGames) e Fable Legends (da Lionhead).

Com o sucesso do Nintendo Switch e de seus jogos exclusivos como Zelda: The Breath of the Wild e Mario Odyssey, a Microsoft está correndo contra o tempo para não perder a segunda colocação para a gigante japonesa. Com menos de 1 ano de lançamento, o Switch está dando muita dor de cabeça para os executivos da Microsoft.

O que a Microsoft pode fazer para tentar reverter este cenário?

Com todo esse cenário, o caminho que a Microsoft pode tomar, para aliviar esse problema, é fazer aquisições de empresas e estúdios de jogos. Com o recente benefício de grandes empresas para repatriar dinheiro de volta para os Estados Unidos, a Microsoft vai conseguir economizar nada menos do que US$ 130 bilhões. Com esse dinheiro em caixa, começaram a surgir diversos rumores e um deles é a aquisição ou parceria com grandes estúdios. Dentre eles, a Electronic Arts, que já possui uma parceria com a Microsoft com o EA Access – uma assinatura que dá direito aos jogadores de baixar e jogar jogos da empresa enquanto for assinante. O valor de mercado da EA atualmente é em torno de US$ 35 bilhões. Caso se concretize, a Microsoft terá o controle de uma série de jogos da EA, como FIFA, Battlefield, Star Wars: Battlefront, Madden, The Sims, entre outros.

Além da Electronic Arts, outras empresas apareceram como opção: a Valve (detentora da série Counter-Strike, Portal, Dota e a Steam) e a PUBG Corp. (dona do PlayerUnknown’s Battleground – que já é exclusivo Xbox One e Windows). Porém, não tem nada confirmado e tudo se trata de rumores.

Adquirir empresas e estúdios seria a solução pata o Xbox One?

As últimas aquisições da Microsoft foram um fracasso. Em 2014, a Microsoft comprou a Majong, desenvolvedora do Minecraft, por US$ 2,5 bilhões. Antes dela, a Microsoft havia comprado a Lionhead em 2007 – que acabou fechando em 2016, com o cancelamento de Fable Legends. Em 2002, a Microsoft adquiriu a Rare, que se mostrou uma grande decepção até então. Porém, em março deste ano vai lançar um dos jogos exclusivos mais aguardados para Xbox One: Sea Of Thieves. Depois de diversos adiamentos e muita expectativa, o game multiplayer cooperativo de piratas finalmente estará disponível no dia 20 de março.

O fato é que nos últimos anos os lançamentos exclusivos mais importantes da Microsoft foram bem inferiores aos exclusivos arrasa-quarteirão dos seus concorrentes. A ideia de tornar o Xbox One uma plataforma multimídia não convenceu. O Kinect, que prometia trazer uma nova forma de jogar, hoje se reduziu a Just Dance e mais nada. O projeto HoloLens, que apareceu na E3 de 2015, ainda não tem data de lançamento e deve custar os olhos da cara. Do jeito que a coisa anda, vai ser difícil recuperar o tempo perdido se algo não for feito em curto prazo.

Fonte: Polygon

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