O ser humano sempre tem aquela mistura do fascínio com o medo do desconhecido proveniente das profundezas do oceano, e, que criaturas habitam os mais profundos e obscuros confins deste mundo!

É baseando-se nesta ímpeto do ser humano com o oceano, que Megatubarão chega para trazer algo diferente ao gênero de filmes de tubarões.

Pois, um tubarão enorme, causando o caos a um balneário, já foi feito, tubarões modificados geneticamente aterrorizando um centro de pesquisa, já foi feito, até tubarões sendo jogados absurdamente pelos ares por conta de uma tempestade, por mais galhofa que a ideia seja, já foi feito, então, porque não fazer algo com um tubarão pré-histórico?

Em Megatubarão, em um futuro não tão distante assim, um laboratório de pesquisas de ponta está estudando uma teoria de que a famosa Fossa das Marianas, o local mais profundo dos oceanos, localizado no oceano Pacífico, é bem mais profundo do que se imaginava. E através de uma incursão arriscada para concretizar a teoria, é onde tudo se inicia.

Megatubarão é basicamente um filme que não procura inventar nada dentro do gênero, trazendo um roteiro simples, sem nada de mirabolante, e completamente claro e honesto, como os bons filmes de ação do gênero nos anos 80 e 90, onde se tinham claramente quem são os heróis, os vilões, os causadores de problema, e assim por diante.

E é neste ponto, que eu acho que, a produção acerta, nesta simplicidade do roteiro, novamente colocando o ser humano diante de algo que ele não consegue explicar, mas que é um problema que precisa ser resolvido .

Este senso de urgência é eminente e permeia o decorrer dos atos do filme, que transcorre de forma bem harmoniosa com as demais situações, com, os alívios e as partes de calmaria, tornando o filme uma boa aventura e de completa imersão na diversão.

Habilitando a “Suspensão de Descrença” a ideia usada para explicar o motivo da existência de um Megalodon, um tubarão pré-histórico com quase 30 metros de comprimento que reinava soberano nos oceanos a milhões de anos, ainda vivo e nos tempos de hoje, funciona, é simples, e direta, e, no contexto da história do longa, é extremamente plausível, e fácil de ser comprada pelo publico.

Assim como o roteiro, a direção de Jon Turteltaub (A Lenda do Tesouro Perdido) sabe usar bem a premissa de ter Jason Statham contra um gigantesco tubarão pré- histórico. E Statham esta muito bem, fazendo o de sempre, sendo herói, e neste filme, parece até bem a vontade num papel que seu tipo físico encaixa muito bem, como Jonas Taylo, um especialista ex- mergulhador da Marinha, que, depois de um trauma no passado, se vê novamente forçado a voltar a ativa para uma missão de resgate.

Tanto Statham quanto o elenco, estão bem, em seus papéis, e geram a união necessária para conter a ameaça trazida pelo Megalodon e o potencial desastre que pode causar se ele não for detido.

E durante todo este recesso o longa faz inúmeras referencias em cenas e homenagens ao clássico Tubarão (Jaws) de Steven Spielberg! Quem é fã do clássico vai conseguir ver claramente em Megatubarão os momentos onde a produção reverencia o filme original repetindo de forma atualizada momentos chave do filme de Spielberg.

A trilha sonora do filme não é tão marcante e icônica como a criada por John Williams para o filme de 1975, mas cumpre bem seu papel, ditando a cadencia das cenas e da tensão quando o bicho aparece. Mas, teria sido sensacional ter ouvido a trilha clássica em algum momento do filme!

Os efeitos visuais, que no filme clássico de Spielberg, onde todo este gênero começou, teve seus desafios para conceber o grande tubarão branco, em Megatubarão, não foi um problema, os efeitos da criatura são muito bons, com muitos detalhes na textura da pele do bicho, assim como a sua fluida movimentação. Tirando momentos onde se faltou agilidade ou em outros em que ela foi exagerada, no geral, todo visual do filme é bom, com cenas de fundo do mar bem construídas e um tubarão de 30 metros de respeito.

Porém, um dos pontos fracos do longa, é justamente a falta em explorar mais o potencial de uma maquina de matar pré-histórica com quase 30 metros de comprimento, que, poderia causar bem mais estragos sem inventar nada de mirabolante  e trazem bem mais caos do que vimos no longa.

No geral, é um filme blockbuster sem exageros além do tubarão gigantesco, mas que cumpre seu papel para quem vai ao cinema procurando diversão e entretenimento.

Megatubarão já está em cartaz nas melhores salas de cinema do país, também em 3D e 3D IMAX.

Trailer

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